E foi viajando numa BMW preta, chique e confortável que cheguei à Paris. Explico. Para se chegar à Paris partindo de Clermont existem alguns horários de trem por dia, com duração da viagem de 3h25. Se você comprar com bastante atencedência, pode encontrar bilhetes a 17 euros, mas isso uns 3 meses antes e também nos horários e dias de menor procura. Um pouco mais próximo à data desejada, o bilhete com a carta de redução sai por 22,40 euros. Umas 3 semanas antes ele já sobe para 38-42 euros (com carta).
Depois de muito procurar um final de semana com passagens a 22,40 euros, chegamos à conclusão de que ele só aconteceria dentro de uns 2 meses ou mais (claro que as passagens nos finais de semana é mais cara). Eis que resolvemos seguir o conselho dos nossos colegas de laboratório e viajar como eles, uma carona paga, ou como eles chamam aqui, covoiturage.
A covoiturage funciona da seguinte maneira: você entra no site (covoiturage.fr) se cadastra e procura a viagem que você quer fazer, como se fosse uma busca de trem, avião ou ônibus. Coloca a cidade de partida, a de destino e a data. E voilà! Se tiver alguém oferecendo esse trajeto você vê quanto custa, quantos lugares disponíveis restam no carro, que horas e de onde vai sair, qual o local e previsão da hora de chegada. Você ainda pode acessar os dados da pessoa (nome, idade e foto – se tiver), qual o carro e conferir as opiniões que quem já viajou com ela deixou no site. Também informa se e pessoa transporta animais, se ouve música durante a viagem, se conversa e se está disposta a desviar a rota. Aí você deixa um recado pra pessoa, ou telefona pra ela e vê se ela tem disponibilidade e tal. E pronto. E é sério, funciona super bem e todo mundo que a gente conhece aqui viaja assim.
Como a gente encontrou uma covoiturage para Paris a 27 euros para cada um, e o trem ficaria em 42 euros para cada, resolvemos encarar. Claro que ficamos com receio do cara dirigir como um louco, mas como as opiniões no site estavam a favor dele, nós fomos. O cara tinha 32 anos e tinha mais um de carona que tinha 46. Os dois que estavam na frente conversaram até. A gente ficou lá atas tentando capturar algumas palavras e eu até dei uma cochilada (tem horas que o cérebro cansa de tanto esforço! Rsrsrs). Lá pelas tantas eles resolveram incluir a gente na conversa e ficamos conversando um pouco com eles, dentro das nossas possibilidades de comunicação. Falando um pouco do Brasil, da França, de impressões... Disseram que somos muito simpáticos e depois colocou um comentário sobre a gente no site, que estávamos sempre sorrindo! Kkkkk Sempre é a melhor alternativa. Sorria sempre, principalmente se não entender direito o que estão falando.
E a viagem foi rápida, tranquila e agradável. As estradas são boas, quase sem curvas (nesse caminho, pelo menos) e amplas. Velocidade máxima de 130 km/h. Ah, claro... e o carro...! Que maravilha, super confortável e estável. E foi nesse da foto, pagando menos que no trem, que cheguei à Paris!!!
Que bom ter voltado para ler o post da ida a psri de carona. Ou covoiturage! Seguindo seu blog e diário de viagem. Carol Barra, viajante com registros faz história. Bjos!!!
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