Passamos praticamente 24 horas em Amsterdam. Chegamos no
início da noite (que não começa nunca, pois só foi escurecer mais de 22 horas)
e deixamos nossas coisas no hostel. Depois de comer uma pizza que foi nosso
almoço-jantar, fomos passear pela região do Dam. Na praça Dam fica a Nieuwe Kerk (Igreja Nova),
a segunda paróquia de Amsterdam, construída para acolher a população católica
no fim do século 14. Foi destruída pelo fogo e reconstruída posteriormente. Tem
também o Koninklijk Paleis, ainda ocasionalmente utilizado pela família real
holandesa em cerimônias oficiais.
Na praça tem ainda o museu de cera Madame Tusseau e logo
atrás da praça fica um shopping lindo, que mais parece um palácio. Não entrei
nem no museu, nem no shopping.
Fomos descendo a rua Damrak até quase no final. Apesar de
ter lido que a região era meio estranha, meio feia, achei normal. Estava cheia
de turistas e de lojas de lembrancinhas. No fim dessa rua fica a Central
Station, mas acho que nem dá pra ver na foto (essa do canal).
Passamos em frente ao Museu da Tortura, mas entramos mesmo
foi no do sexo, porque a gente queria fazer uma coisa bem Amsterdam e essa
estava entre as mais lights! Rsrsrs A entrada é baratinha, 4 euros, e o museu
mostra a história do sexo através dos tempos. Tem fotos de várias épocas,
algumas verdadeiras e outras recriadas. Vários objetos como pequenas
esculturas, pratos pintados e até anéis retratando o sexo de diferentes
períodos da história. Tem também pinturas e, claro, algumas coisas mais
obscenas como uns bonecos em atos “suspeitos” na entrada e um banco onde eu não
arrisquei sentar! Mas achei engraçado, o museu estava um silêncio, o pessoal
prestando uma atenção, parecia até um museu de arte!
Fomos caminhando para a região do Red Light District
propriamente dita. Em algumas ruas restaurantes dividem o espaço com os Coffe
Shops. A região é super turística e super movimentada. É nela que fica a Oude
Kerk (Igreja Velha), do século 13. Muitas de suas pinturas e estátuas foram
destruídas depois da Reforma que levou os calvinistas ao poder, em 1578. Coisa
mais doida, porque tem moçoilas que tem vitrines bem ao lado da igreja. Sei lá,
acabei não entrando na igreja porque achei que não combinava muito entrar na
igreja e depois ir ver as mulheres nas vitrines...
Descemos o canal onde estão concentradas as famosas
vitrines. As mulheres alugam essas vitrines e ficam lá esperando a freguesia.
Apesar de soar vulgar, o lugar é super turístico e é bacana conhecer, principalmente
porque é um clima legal, já que, pelo menos mais cedo, a maioria está indo só
pra conhecer mesmo.
Pra encerrar a noite,
uma passada na movimentada Leidsplein, pertinho do hostel, para tomar a
saideira e mais umas fotinhas noturnas.
Começamos o dia indo direto para a Casa de Anne Frank (li
que as filas são quase sempre enormes), um dos programas mais procurados de
Amsterdam e, depois de sair de lá, entendi o porquê. É a casa onde Anne Frank
viveu durante a guerra e onde escreveu seu livro. Para nós, que no Brasil
estamos tão longes da guerra e só temos contato com ela nas aulas de história e
no Resgate do Soldado Ryan (ou quem sabe no O Pianista) é um soco no estômago.
É triste, é profundo, mas é incrível. O museu é simples, os cômodos estão
vazios, mas com vários trechos do livro nas paredes. Além disso, vários vídeos
e documentos (como os papéis feitos no campo de concentração quando a família
foi capturada) contam a história da menina e de sua família. Passar pela
estante que escondia a entrada do esconderijo e subir as escadas que dão acesso
a ele é uma sensação que não dá bem pra descrever. Sai de lá doida pra ler o
livro, mas na lojinha (claro, tem uma livraria no fim) o livro em português era
um dos mais caros e acho que devia ser português de Portugal. Deixei para
comprar quando chegar no Brasil mesmo. Ah! Lá dentro não pode tirar fotos.
A Casa de Anne Frank fica no bairro do Jordaan, um dos
bairros indicados para dar uma volta (e também para se hospedar) em vários
roteiros turísticos. Bem pertinho do museu está uma bonita torre de 85 metros
de altura, de onde é possível ter uma bela vista da cidade (é o que dizem – eu
não subi).
Andando só mais um pouquinho para frente (acho que na mesma
rua da Anne Frank), chegamos no Museu do Queijo, que nada mais era que uma loja
mesmo! Mas que loja!!! Queijos lindos e deliciosos, e quase todos para provar!
Sem exagero, estão entre os melhores queijos que já comi. Os holandeses podem
não ter uma culinária muito característica, mas sabem fazer queijo!
Alimentados, fomos procurar a entrada para o Begijnhof, uma
“vila” construída em 1346 como santuário das beguinas, irmandade católica cujas
irmãs vivem como freiras embora não façam votos religiosos. Dizem que ainda é
ocupado por mulheres solteiras. É um lugar muito bonitinho e tem que ter
atenção para achar, porque apenas uma portinha dá acesso a ele.
Bem pertinho dali está a entrada para o Amsterdam Historisch
Museum. Não a foto não está torta não, a entrada é que é assim mesmo.
Depois de darmos a maior volta à toa, conseguimos encontrar
o Bloemenmarkt, um
mercado de flores que fica bem às margens de um canal. Pensei que ia chegar e
ver muuitas tulipas, mas acho que a época delas tinha acabado de acabar.
Tulipas mesmo só tinha de madeira, pra decoração. O mercado vende muitos kits
para quem quer plantar em casa, seja flores ou maconha. Além disso, muitas
lembrancinhas com bom preço e os tradicionais tamanquinhos holandeses.
Uma passadinha rápida na Rembrandtplein, onde tem uma
escultura do pintor holandês Rembrandt,
e fomos rumando para o outro lado da cidade.
É nessa região que fica a famosa fábrica da Heineken, onde
pode ser feito um tour, o Heineken Experience. Achei carinho (17 euros) e não
quisemos entrar, mas é um programa turístico bem famoso por lá. É para essas
bandas também que fica uma feira que acontece de segunda a sábado até às 18
horas, o Albert Cuypmarkt. Li várias coisas bacanas sobre ela, mas quando chegamos lá não
tinha nada, pois era feriado.
Mais uma andadinha até a Museumplein (sim, pernas ficando
doces), onde ficam dois importantes museus de Amsterdam, o Rijksmuseum e o
Museu Van Gogh. Não, eu não entrei, só pra variar. Nessa praça também aquele
letreiro I Amsterdam, que todo turista tem foto e que é o que vai ficar na sua
memória depois de ver todas essas fotos aqui (por mais lindas que sejam as
casinhas e os canais). Estava calor e o povo estava se esbaldando na água!
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Parabens pelo post. Muito bem detalhado. Obrigado pelas dicas.
ResponderExcluirQue bom que gostou! A cidade é incrível e vale muito a pena!
ResponderExcluirobrigado pelo post. vou adotá-lo em minha viagem agora em Abril. Fiquei apenas com uma dúvida. Qual hostel você ficou e se é possível seguir este roteiro caminhando ?
ResponderExcluirabs
Eu fiquei no International Budget Hostel, tem umas dicas neste post http://mistoquenteemclermont.blogspot.com.br/2012/06/onde-ficar-em-bruxelas-e-amsterdam.html
ResponderExcluirEu fiz tudo a pé sim, as coisas não são muito distantes, mas tem que ter disposição de caminhar o dia todo. Se quiser ter uma noção das distâncias, vai marcando os pontos no Google Maps pra ver quanto dá no total. Não é muito não! Boa viagem e se tiver mais alguma dúvida (que eu saiba responder), pode falar!
Vou ficar em Amsterdã por 2 dias, chego dia 17 de março e parto no dia 19 pela manhã...vocês acham que vale a pena comprar o amsterdã card?
ResponderExcluirBom, depende muito do tipo de turismo que quiser fazer. Eu não gosto muito de entrar em museus e não utilizo muito o transporte, uso as canelas mesmo! Quando fui a Amsterdam, o lugar que eu fazia questão de conhecer era a Casa de Anne Frank, que não está incluída no Amsterdam Card. E só usei o transporte quando cheguei e pra ir embora da cidade, o resto fiz tudo a pé mesmo, então pra mim não compensou. Talvez você já tenha até visto o blog Viaje na Viagem, do Ricardo Freire. Tem um post ótimo falando sobre o Amsterdam Card, fazendo as comparações de preço. Dá uma olhada: http://www.viajenaviagem.com/2012/07/i-amsterdam-card/
ResponderExcluirBom dia Carol,
ResponderExcluirAntes de mais, parabens pelo o blog.
pretendo fazer uma viagem a Amasterdão no fim de Abril 2013.Estou neste momento na fase de planeamento: voo, estadia. Ao ver o seu Blog já me ajudou a ver uma das muita formas de tirar partido durante 2 dias. A maior dúvida que me surgiu foi a estadia, pois estou habituada a fazer estadias sem ser em quartos partilhados, ainda mai que somos um casal. Agradecia saber como correu neste International Budget Hostel, Amsterdam: se foi em quarto partilhado, preços, se sim como correu etc... Muito Obrigado
Muito obrigado Carol pela resposta.
ResponderExcluirComo é o funcionamento da casa da Anne Frank ? Fui comprar o ingresso antecipado e ele me pergunta uma hora para visitar. Como é o roteiro de visitas a casa ? Fico receioso de comprar daqui do Brasil e de repente deixar de visitar algum lugar por conta do horários do bilhete
Bom, eu não tenho muito o hábito de ficar em hostel, pois sempre viajo com o meu marido e, quando dá, a gente prefere ficar num hotel mais baratinho por causa da privacidade. Muitas vezes sai mais ou menos o mesmo preço do hostel ou até mais barato. Então fiquei com receio também, principalmente por ser em Amsterdam, mas os hotéis estavam assustadoramente caros e o hostel era super bem localizado. Mas a experiência não foi ruim. Ficamos num quarto para 6 pessoas e pagamos 20 euros por pessoa com a roupa de cama. No hostel não pode fumar maconha e também não tem baderna. É bem tranquilo. Mas é verdade que os colegas do quarto chegaram com o maior cheiro de maconha. Nem sei se era deles mesmo ou apenas da roupa. Eu não vi, mas meu marido disse que uma menina chegou, tirou a roupa e deitou... rsrsrs Mas não tivemos nenhum problema durante a estadia (ficamos só 1 noite). Mas o hostel é limpo, tem armário pra guardar a mala no quarto e tb tem internet no quarto. Espero ter ajudado!
ResponderExcluirOi Diego. Eu deixei pra comprar meu ingresso na hora mesmo. Foi a primeira coisa que fiz no dia. Cheguei lá às 10 horas e, entre fila e visita, gastei 1 hora e meia. As visitas são livres, não tem guia lá dentro, então você chega e leva o tempo o que quiser. Mas acho que quando vendem na internet eles marcam para ter uma noção da quantidade de pessoas, para não chegarem todos ao mesmo tempo. No meu caso, acho que dei sorte, porque dizem que costuma ter filas enormes. Talvez valha a pena comprar pela internet mesmo e marcar a hora, sabendo que a visita deve levar mais ou menos 1 hora, aí vc encaixa na sua programação de passeios. A minha dica é marcar os primeiros horários do dia, assim vc fica livre o resto do tempo. Tb já vi vários posts de gente que deixa pra comprar o ingresso na véspera, no fim do dia, quando as filas já estão menores!
ResponderExcluirNossa, muito obrigado mesmo Carol pelas dicas. Estou a 13 dias da minha viagem e não vi nada ainda ! rsrsrs
ResponderExcluiracho que vou começar a me mexer... Vou "roubar" seu roteiro para fazer o meu. rs
Muito obrigado pelas dicas. Quando voltar, te conto as experiências ! rsrs
bjão
Oi Diego, tomara que as dicas sirvam pra vc! Nossa, 13 dias! Que delícia!!!! Depois volte aqui pra contar como foi. Vai visitar só Amsterdam?
ResponderExcluirOiee carol parabéns pelo Post...deixa eu te perguntar qual a média de gasto deses 2 dias para um casal?
ResponderExcluirObrigada
Oi Carol, amei seu seu blog, parabéns!!!
ResponderExcluirEstou planejando ir em novembro, e se puder informar, gostaria de saber aproximadamente quanto você gastou durante esses dois dias.
Obrigada,
Valéria
Kariane, desculpe pela demora na resposta. Estava de férias e fazendo uma nova viagem, por isso fiquei meio desligada. Aproveito para responder a questão da Valéria. Eu costumo colocar uma média de 100 euros para casal por dia (sem contar a hospedagem), independente do lugar que eu vá. Coloco esse limite e de acordo com ele vamos controlando os gastos. Dependendo dos preços, a gente vê se dá pra comer em restaurante, entrar em mais atrações, ou se tem que comer sanduíche. rsrsrs. Em Amsterdam foi mais que suficiente, mas não entramos em quase lugar nenhum. Acho que no máximo uns 120 euros por dia dá tranquilo. Qualquer coisa podem perguntar!
ResponderExcluirPostagem de 22 de julho:
ResponderExcluirpentagono deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O que fazer em Amsterdam - Roteiro de 2 dias":
Vlw carol, muito legal suas dicas, estou indo em setembro com minha namorada.
Vou aproveitar bastante com suas dicas.
Não sei o que fiz que apaguei o comentário. Que bom que gostou das dicas. Volte sempre!!!!
Oi Carol, muito obrigada pelas dicas. Só me restou uma dúvida de Amsterdam.. e as bicicletas? Dá para alugar, ir percorrendo a cidade com elas, estacionar etc?
ResponderExcluirOBrigada!!!
Que bom post! Mas, acha que 2 dias dá para ver bem Amsterdão? Estou a pensar chegar lá por volta das 8h e sair no dia seguinte as 20h. Acha que dá para ver o essencial?
ResponderExcluirObrigada.
viagemdoceviagem.blogspot.com