segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Bolsa PDSE - Implementação

       O próximo passo depois da aprovação da bolsa é sua implementação. Logo depois que a Capes aprova sua bolsa, ela manda o comprovante de bolsa na língua do país de destino (ou em inglês) e mais uns outros papéis por correio. Alguns são instruções e tem também um termo de compromisso, que deve ser assinado e devolvido pra eles por correio. Com esse papel na mão, é hora de dar entrada no visto. O processo de visto de estudante bolsista na França já foi descrito aqui no blog.
       Para a implementação da bolsa, é preciso ter o visto em mãos. Todos os documentos que eles pedem devem ser anexados no seu processo eletrônico no site da Capes. É preciso de:

I. Termo de Compromisso, devidamente assinado. Uma via deverá ser enviada por correio e a outra digitalizada por meio do processo eletrônico do candidato;
II. Termo de Aprovação e de Responsabilidade pela Candidatura ao PDSE, preenchido e assinado pelo orientador brasileiro, em formulário específico;
III. Carta do coorientador estrangeiro, devidamente assinada e em papel timbrado da instituição de origem, aprovando o plano de pesquisa, informando o período do estágio e atestando que o aluno possui a proficiência necessária na língua estrangeira para se comunicar e desenvolver os trabalhos previstos;
IV. Termo de Seleção de Candidatura do PDSE, assinado por todos os membros da Comissão de seleção;
V. Caso tenha vínculo empregatício, o candidato deverá apresentar autorização para o afastamento do País publicada no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município, quando se tratar de servidor público, ou
autorização do dirigente máximo da instituição, quando não for servidor público, pelo período efetivo da bolsa, explicitando na redação o ônus para a CAPES;
VI. Cópia do visto para o país de destino ou confirmação da aprovação pela representação consular;
VII. Dados bancários no País, preenchido no link ”Formulários Online”, para o depósito do auxílio deslocamento, instalação e seguro saúde;
VIII. Comprovante da conta bancária emitido pelo próprio banco, que poderá ser o cabeçalho do extrato bancário sem débitos e créditos pessoais ou declaração do banco.

       No nosso caso estamos dispensados de apresentar o número 5. 
       Eu mandei a cópia do visto, pois estava com tempo de sobra. Mas dizem que apenas o papel que o consulado entrega no dia da entrada do pedido é suficiente. Não tenho certeza.
       Fiquei toda preocupada com o comprovante da conta. Fui ao banco e pedi uma declaração e a songa monga me disse que não podia me dar. Arrisquei só o cabeçalho do extrato tirado no caixa eletrônico e deu certo. Tinha meu nome, número da agência e conta, nome do banco, data e hora. O resto eu cortei, porque a Capes não precisa saber das minhas dívidas!

       Mandei tudo isso uns dias antes do Natal e pensei que eles iam custar a me retornar, mas não! Para minha surpresa, no dia 26/12 o auxílio deslocamento + moradia + seguro saúde estava na minha conta. Aliás, a cotação própria da Capes do dólar e do euro foi melhor que a comercial! :)

Para aprender o francês que não está nos livros


      Livrinho muito legal que acabei de comprar para aprender o francês que não se aprende na escola. Cheio de expressões, cheio de francês do dia-a-dia e também cheio de bobagens... Aquelas palavras feias e sujas que nunca temos coragem de perguntar ao professor!

A descrição do livro é essa:
À Donf! é um dicionário divertido com o qual você aprenderá palavras e expressões da língua francesa falada que são muito interessantes e úteis no dia a dia.Estão inclusos termos que não aparecem nem nos dicionários convencionais nem nos livros didáticos, porque são considerados tabus, politicamente incorretos, ou, simplesmente porque são criações muito recentes.


Se você se interessou, compre aqui.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Michelin e a história de Clermont-Ferrand

       Depois de uma pausa (longa!) volto com a história de Clermont-Ferrand. O desenvolvimento da cidade do século XIX até hoje está intimamente ligado à fábrica de pneus Michelin. Em 1832, os primos Aristide Barbier e Nicolas Edouard Daubrée abrem uma pequena fábrica de máquinas agrícolas e bombas. Ao ver sua mulher usando borracha vulcanizada para fazer bolas infantis, Aristide logo percebe o potencial do material para a indústria e passa a utilizá-la na fabricação de juntas, correias, válvulas e tubos. Em 28 de maio de 1889, a empresa começa a fabricar apenas pastilhas de freio e passa a se chamar “Société Michelin e Cie.”. Edouard e André Michelin assumem o negócio fundado por seu avô, Aristide, e seu primo Nicolas. Já na década de 1890 a Michelin começa a fabricar pneus para bicicletas, carruagens e automóveis. Hoje, a companhia é uma das líderes mundiais na fabricação e comercialização de pneus, com presença comercial em mais de 170 países, além de 70 unidades de produção, três centros de tecnologia e três unidades de beneficiamento de borracha.
       Com o crescimento da Michelin, a população da cidade passou de 52 000 em 1900 a 82 000 em 1921. Bairros foram construídos para atender a este crescimento. Suas ruas, ao invés de nomes de personagens célebres ou de lugares, ganharam nomes de qualidades ou virtudes, como a Rue de la Bonté (rua da bondade) e a Rue de la Foi (rua da fé), um reflexo dos valores defendidos pela família Michelin na época. Acompanhando esse crescimento foram fundadas escolas, clínicas, igreja e cooperativas onde as pessoas faziam compras.
       A Michelin chegou a empregar 30000 trabalhadores em Clermont-Ferrand em 1970. Apesar deste número ter caído para cerca de 14000 empregados, a empresa continua sendo a que mais emprega na cidade. Em segundo lugar estão os hospitais públicos, com 7000 empregos e, em terceiro, o ensino superior, empregando 4000 pessoas.