Hábitos franceses (perceptíveis em 1 mês!)

1.  Os franceses comem muito pão. Muito mesmo! Sempre tem um pão (francês!) acompanhando o almoço e TODOS os franceses que almoçam comigo pegam TODOS os dias, sem exceção. No RU tem opção de hambúrguer ou sanduíche e, mesmo assim, eles pegam o pão. No supermercado tem mil tipos de baguetes e TODAS sempre já acabaram quando chego ao supermercado às 7 da noite.

2. Eles comem sim à francesa! Rsrrs Uma refeição é composta de entrada, prato principal e sobremesa. Sempre.

3. Eles não comem pouco como a gente imaginava. O prato no RU é enorme, geralmente composto de um tipo de carne e um acompanhamento (batata, legumes, macarrão, arroz). Some a esse pratão uma porção de salada, um pão e uma sobremesa. Eles comem tudo e eu sempre deixo comida no prato.

4. As refeições são sempre acompanhadas de água. Água que vem da torneira e é cortesia nos restaurantes.

5. As mulheres, de maneira geral, andam bem arrumadas. Muuuita meia calça, porque, incrivelmente, elas não sentem frio nas pernas.

6. Eles tomam muito café. O dia inteiro é um tal de encher a caneca de café e, se não tomam na hora, requentam no microondas depois.

7. Eles fumam muito mais que no Brasil. E muitas vezes compram o fumo e enrolam na seda. Me falaram que o industrializado é muito caro.

8. Eles sempre dão uma bufada seguida de um “Oh, putain!” que pode, ou não, significar um palavrão. Pode ser apenas um “nossa” ou “droga”. Pode ser uma exclamação positiva ou não.  É a expressão que mais ouvi por aqui!

9. Eles assoam muito o nariz. Realmente em qualquer hora ou lugar, como eu já havia lido por aí.

10. Pelo menos os dessa região são extremamente educados e usam as palavrinhas mágicas, e expressões também, mil vezes por dia. É um tal de oi, bom dia, até mais, obrigada, por favor, bom apetite, bom final de semana, passe um bom dia, tenha uma boa noite, tchau! É incrível como eles têm a capacidade de juntar um monte delas na mesma frase!

Passeio em Clermont (2) - parques

Ok, os franceses têm sei lá quantos tipos de queijos e vinhos a preços hiper acessíveis. A cidade de Clermont tem um transporte público que, pro meu gosto (principalmente pós-Custódio), funciona. Na verdade, acho que qualquer brasileiro acharia, mas disso falo outra hora. Mas eu realmente sinto inveja deles com relação aos parques. Sinto inveja não só dos belos parques, mas da cultura deles de aproveitar esses parques. Eles não ficam em casa no domingo a tarde entediados e vendo Faustão. Não, eles vão pros parques! Basta chegar, tirar os sapatos e se esticar na grama!

Lyon - como chegar e onde ficar

De Clermont para Lyon há vários horários de trem. Em geral vão até a Gare Pérrache passando antes pela Part Dieu. A viagem dura mais ou menos 2h25 e a passagem varia entre 16-24 euros com carta de redução de 12-25 anos (vou falar sobre isso outro dia).

Em Lyon ficamos no Hotel Alexandra. Fica bem localizado, na Rua Victor Hugo, uma rua cheia de comércio. E é bem em frente ao metrô. A Gare Pérrache fica a uns 5 minutos a pé. A entrada é pequena e meio feiosa, ainda mais que estava em obras, mas o quarto é confortável, tem TV, internet e banheiro (só ele é maior que meu cafofo!) e é tudo muito limpinho. 64 euros a diária de casal sem café da manhã.

vista do quarto

Roteiro de 1 dia em Nevers

Chegamos em Nevers no sábado no finzinho da tarde. A cidade também é pequena e a estação de trem é perto do centro histórico. Fomos deixar as coisas no hotel, que era bem localizado, perto da estação e do centro. Lá fora tava um vento cortante e dentro do hotel um forno. Um exagero de quente! Me deu um calor da Catarina que sai na rua morrendo de calor!

Fomos andando pra ver se achávamos alguma coisa iluminada e tiramos umas fotos do Palais Ducal e da catedral. Confesso que queria ser mais curiosa quanto à história dos lugares, mas tenho esse defeito... Só vou ler sobre o lugar depois que já estive lá e mesmo assim pouco tempo depois já me esqueci. Portanto, se alguém quiser alguma descrição dos lugares, não vai ser aqui que vai encontrar! Rsrsrsrs

Domingo de feira em Aubière

Domingo de manhã é dia de feira em Aubière, ou melhor, é dia de “marché”, como dizem os franceses. Parecia que a cidade toda estava lá. Aliás, acho que a única coisa que fazem no domingo, porque o resto da cidade estava deserto. Todo mundo se espremendo naquelas ruazinhas antigas e apertadas. Mais uma vez, sensação de estar realmente na França!

Na feira tem de tudo. Comidas, roupas, acessórios, flores, livros, sapatos... Hoje demos uma primeira olhada, para ir conhecendo as coisas. Muita variedade de coisas que não conhecemos! Muuuitos tipos de queijos, de salames, de pães e de comidas que não conhecemos. E, claro, é difícil saber por onde começar.

E duas semanas se foram!!!

Hoje escrevi um e-mail para uma amiga e achei que podia aproveitar aqui!

"Ainda não consegui organizar direito meus pensamentos e meu tempo aqui. rsrsrsrsrs Passo o dia trancafiada no lab enquanto a França rola lá fora. Eles trabalham muito. Chegam lá pelas 8 e ficam até mais de 18 horas. O almoço não dura 1 hora. É bem rápido. E logo eles voltam pro batente de novo. Outro dia fui no centro na hora do almoço resolver umas coisas e tava bombando lá. Cheio de gente no café, cheio de estudante no parque (que fica em frente a universidade)... ainda mais que tava bem quentinho o dia. ai ai... e eu aqui. rsrsrs Mas tá bom. quando saio já são 18 horas e geralmente vou pro meu cafofo conversar com minha mãe no skype. A gente se fala até umas 7 horas e depois vamos no supermercado, pq estamos comprando coisas todo dia, já que não temos geladeira e que a baguete vira uma pedra de um dia pro outro. A gente chega de volta lá pelas 8, come e o dia já se foi. Dou mais uma olhadinha no computador, converso com algum a toa e hora de dormir. Nem consigo ver as coisas que quero direito na internet, nem escrevo no blog... sei lá o que acontece, o tempo voa quando estamos fora do lab.

Falando em lab, acho que falei no blog que fomos bem recebidos ne. Eles são simpáticos e nada formais, como eu ficava imaginando. São normais como nós. Já saímos com eles na semana passada e, acredite, era uma saída com uns groupons que eles tinham. kkkkkk!!!! Hj vamos sair de novo. Sempre eles tomam cerveja no bar da faculdade na quinta. Depois vamos comer um sanduíche e depois vamos jogar boliche. Diz que é despedida de um carinha aqui que é de Guadalupe, mas que por enquanto está indo para Marseille. Hj estou levando a máquina pra ver se tiro uma foto dos franceses.

De todo modo, a primeira semana no lab foi bem dura. Uma sensação de estar patetando. De estar fora do seu ambiente natural. Uma falta de segurança que me tava me deixando agoniada. Só conseguia pensar se teria essa sensação durante 5 meses e pensar que gostaria que eles passassem logo. Mas no fim de semana fomos viajar e isso me animou bem. A possibilidade de estar a cada semana em um lugar diferente. Vendo uma coisa incrível. E essa semana no lab tem sido bem melhor. Me sinto um pouco mais a vontade. Não tem nenhum motivo pra dramas!

O francês não tem jeito... É uma barreira que se coloca entre nós e eles. Apesar de estar com a sensação de que estou começando a entender um pouco melhor, ainda estou longe de entender as conversas deles. Tem horas que não faço ideia nem de que assunto estão falando. Na verdade, na maior parte do tempo é assim. rsrsrsrsrsrs E como estamos em 2, a gente acaba conversando em português entre e a gente e eles tem q fazer menos esforço para não nos deixar muito por fora.

Bom, ainda tenho muitas coisas para contar sobre a rotina e etc, mas preciso voltar ao trabalho."

Roteiro de 1 dia em Bourges

Bourges é uma cidade pequena e é possível conhecer todo seu centro histórico a pé em menos de 1 dia. Fiquei na cidade de 10 até 16 horas e vi muita coisa. Bom, eu ainda não adquiri o hábito de entrar nos muses, apenas nas catedrais. Bourges tem alguns museus e, realmente, entrando em cada um deles levaria muito mais tempo. Por enquanto estou querendo apenas olhar o lugares, as pessoas, os hábitos... E o que é melhor, tudo isso é de graça!

A estação de trem é bem no Centro e andando um pouquinho chega-se no Jardin des Près-Fichaux. É um parque bonito e que eu acho que deve ficar super florido na primavera. Como chegamos cedo e estava bem frio, não tinha praticamente ninguém. Só alguns pescadores e uma mãe corajosa, que tentava ensinar a pequenininha a andar.

Bourges e Nevers - como chegar e onde ficar

Nesse final de semana fizemos nossa primeira viagem pela França. Escolhemos duas cidades de fácil acesso de trem e passagem em conta. Aliás, elas ficam bem mais em conta pra nós por causa da carta de descontos que fizemos (vou fazer um post sobre isso). Saímos de Clermont no sábado cedinho e voltamos no fim da tarde de domingo. Sim, dá pra passear muito nesse tempo. Principalmente se as cidades forem pequenas como essas.

A viagem de trem de Clermont à Bourges durou 2 horas e meia e custou 16 euros. Passamos o dia lá e de tardinha fomos para Nevers, que fica a exatos 38 minutos de trem (6 euros), onde dormimos. A volta de Nevers para Clermont demora 1 hora e 31 minutos (16 euros).

Em Nevers ficamos em um hotel bem bonzinho e bem baratinho. Ficou em 34 euros a diária para casal em quarto duplo sem banheiro e sem café da manhã. O hotel é bem localizado e muito limpinho. Tem internet no quarto. Tem TV também, mas não estava pegando! O quarto que ficamos é bem pequenininho, mas ótimo para uma noite. Chama-se Hotel Beauséjour. A reserva foi feita pelo booking.com.

Passeio em Clermont (1)

No nosso primeiro sábado na França pegamos o tramway e fomos rumo ao centro de Clermont. Descemos na Place de Jaude e, finalmente, estávamos realmente na França. Naquela França da imaginação, com praças rodeadas de cafés. Ainda meio perdidos, com a sensação de quem não sabe pra onde vai, até porque, qualquer lugar serve mesmo, sem mapa nem nada, ficamos tirando umas fotos e rodando por ali.

Rumo à França de Air France

Saímos de Araraquara às 10 horas da manhã para pegar o voo para Paris em São Paulo às 20:20. Achamos melhor ir até Campinas e pegar o ônibus da Caprioli direto até o aeroporto de Guarulhos, onde chegamos às 16 horas.  Fomos direto fazer o check in para nos livrarmos das malas pesadas. Oh o nosso voo no painel!

Ficamos horas fazendo hora... Nosso voo atrasou e só entramos no avião quando já era pra ele estar saindo. Voamos na classe Voyageur, ou seja, no subúrbio do avião. A gente foi passando nas outras classes na hora de entrar e, óbvio, são bem mais confortáveis. A que fomos é apertadinha como eu acho que deve ser toda classe econômica. São 10 lugares por fileira, divididos em 3-4-3. Tem uma hora que o corpo cansa de ficar naquele aperto, mas nada que um pouco de descanso depois não resolva. Como eu nunca tinha viajado em voo intercontinental (sim pq uma vez peguei um da Gol que no fim ia pra Argentina e ele era igualzinho aos outros), estava achando tudo o máximo. A mantinha, o travesseirinho, o kit pra dormir, a telinha com vários filmes, séries, músicas, jogos e, claro, a posição do avião durante todo o voo!

Sem esquecer das refeições! Primeiro serviram bebida e uns biscoitinhos. Logo depois o jantar, que era caprichado. Bebi vinho, jantei e... fui dormir. Passei umas 5 horas acordando e dormindo. A moça do meu lado parecia morta, nem se mexia. Faltando 1 hora pra chegarmos, serviram o café da manhã, bem farto também!

E quando eu pensei que ainda estávamos lá em cima, no meio das nuvens, o avião pousou. Paris estava debaixo de neblina! Não deu pra ver nadinha de nada! Chegamos no portão 2E e fomos seguindo as placas pra ir para o 2G, de onde saia nosso próximo voo (vimos no painel). Sorte que não pegamos a conexão de apenas 1:15, porque iríamos perder o voo! O aeroporto é realmente gigantesque, como dizem os franceses. Mas não foi difícil. Seguindo as placas pegamos um trem e depois um ônibus para chegar até o nosso terminal de partida. Mas nada complicado, a sinalização é boa. Antes de sair do terminal 2E passamos pela imigração. Não sei se é porque temos visto, mas só dissemos Bonjour, entregamos o passaporte, o cara carimbou e nos devolveu. Somente só isso! Achei que dava trabalho, que tinha que falar alguma coisa... Nadinha de nada! Nem tive que pedir o carimbo, ele mesmo já deu. Foi uma amiga minha que veio para cá que me disse para pedir, caso eles não dessem. Se ficar sem o carimbo dá o maior trabalho, tem q pedir depois....

Conseguimos ligar a cobrar para o Brasil pela Embratel para avisar que tínhamos chegado. Foi fácil, fácil. Daqui da França é só ligar 0800990055, mas acho que é número diferente para cada país ou região. Pelo que vi no site da Embratel custa R$1,67 o minuto em qualquer horário.

Depois ficamos esperando dar a hora do voo, que também atrasou. Quando entramos no avião... era menor que um ônibus! Em cada fileira só havia 3 poltronas! Rsrsrsrs Mas até que eram confortáveis. Paris ainda estava totalmente branca e continuei sem ver nada. Mas depois deu pra ver uma parte do caminho. A região aqui é muito montanhosa, e tem uns aglomerados de casinhas e um espação entre esses aglomerados. Muito diferente do Brasil. Pena que não tenho fotos.

E depois de 27 horas de viagem, voilà! Chegamos! Aí está a foto do primeiro anoitecer e amanhecer em solo francês!